Vindo a ter notoriedade após uma dissolução política no país, o Dynamo Brest vem para desbancar os tradicionais do futebol Bielorrusso como BATE Borisov, Shakhtyor Soligorsk e Dínamo Minsk. Com (2) dois títulos nacionais conquistados em 2018 e o bicampeonato (2017-2018) da Copa de Belarus, o clube de Brest joga um futebol sério e qualificado.
Símbolo do FC Dynamo Brest (Foto: Wikipédia / Reprodução)
BREST - Fundado em 1960, com a Bielorrússia sendo parte da União Soviética e após (7) sete anos da morte de Joseph Stalin, a ascensão de Nikita Khrushchev ao poder e em meio a um conturbado país em um contexto cultural, o Dynamo não conseguiu se erguer no cenário futebolístico da época. Vivendo praticamente apenas na terceira divisão, o clube também passou por diversas mudanças de nome durante os seus 58 anos de existência.
Em 1960, foi fundado sob o nome de Spartak Brest, onde jogou a segunda divisão de 1960 à 1962 e um breve retorno em 1969 mas tendo disputado a terceira categoria nos demais anos. Em 1972, o clube é renomeado para Bug Brest. Quatro anos depois, o clube assume a nominativa de Dinamo Brest, onde permanece até 2012 e com esse nome, conquista o seu primeiro título, que viria em 2007 com a Copa da Bielorrúsia. Em 2012, o time é renomeado para FC Brest mas não dura muito tempo - No ano seguinte renomeara novamente o seu nome para Dínamo Brest. Em 2017, o clube troca o nome novamente - não ficou muito diferente, apenas alterou para 'Dinamo' por conta de uma reclamação do Dynamo Sport Club mas manteve o 'y' no escudo mas o clube ainda faz o uso do 'Dynamo Brest' em suas redes sociais.
O clube teve repertório nacional após a dissolução da União Soviética e independência de Belarus, em 1991, e já em 1992, jogava na primeira divisão da Bielorrússia, lugar que nunca mais saiu desde então. Sendo eliminado na semifinal da copa logo em 1992 e terceiro colocado na liga, o futuro parecia ser promissor na elite bielorrussa - apesar deste ter sido o seu melhor lugar já alcançado na liga, outra semifinal o aguardaria na temporada 1993-94, mas sem sucesso. O mesmo feito demoraria para se repetir: apenas em 2002.
Em 2018, o clube repete a história: o bi-campeonato da copa vem dos pés de Pavel Nyakhaychyk, jogador referência da seleção Bielorrussa. Em Maio desse ano, o Dinamo voltara a enfrentar o BATE Borisov, que buscava fazer a tríplice coroa - mas que não tomou conhecimento do poder do clube de Brest e do desejo do bicampeonato. De virada nos (15) quinze minutos finais, os azuis e brancos cravaram o título com gols dos conterrâneos Pavel Nyakhaychyk (89'), Artem Milevskiy (34') e do Ganês Joel Fameyeh (74').
Dinamo Brest festeja a conquista da Copa de Belarus (Foto: Dinamo Brest - Facebook / Reprodução)
Cinco anos mais tarde, em 2007, a equipe veio a conquistar sua primeira glória: a Copa de Belarus. De maneira invicta, o clube venceu o grande BATE Borisov após uma disputa de penalidades por 3-2 e levou o primeiro caneco pra casa. Os comandados de Vladimir Gevorkyan que já esteve liderando a casamata azul e branca por quatro vezes (1988-1989, 1991-1997, 2001-2002 e 2006-2008) vinha de maus resultados na elite. Foram (3) três temporadas e as estatísticas ficando piores que quase levaram o clube ao rebaixamento no ano da primeira conquista da história.
Dez anos depois, em 2017, o clube repetiu a façanha. Os comandados de Uladzimir Zhuravel e o plantel contendo um Sul-Americano, o Argentino Leandro Torres, levantaram a taça em mais uma disputa de pênaltis, dessa vez contra o Shakhtyor Soligorsk, por 10-9. Alyaksey Yanushkevich, que na época jogava pela seleção de Belarus, perdeu o pênalti para o Soligorsk e deu o título ao Brest.
Em 2018, o clube repete a história: o bi-campeonato da copa vem dos pés de Pavel Nyakhaychyk, jogador referência da seleção Bielorrussa. Em Maio desse ano, o Dinamo voltara a enfrentar o BATE Borisov, que buscava fazer a tríplice coroa - mas que não tomou conhecimento do poder do clube de Brest e do desejo do bicampeonato. De virada nos (15) quinze minutos finais, os azuis e brancos cravaram o título com gols dos conterrâneos Pavel Nyakhaychyk (89'), Artem Milevskiy (34') e do Ganês Joel Fameyeh (74').
Orgulho alviazul: a taça da Supercopa de Belarus vai para a sala de trófeus do Dinamo (Foto: Dinamo Brest - Facebook / Reprodução)
Em partida disputada em Minsk, a capital da Bielorrússia, o Dinamo tinha um desafio: vencer o maior campeão de Belarus novamente. Parecia ser uma tarefa árdua tendo em vista que o BATE está há (12) doze anos consecutivos conquistando o campeonato local porém o plantel comandado pelo Tcheco Radoslav Látal, multi-campeão e ídolo em seu país de origem, iria dar trabalho. Já no primeiro tempo, e que para ser exato na primeira meia hora de jogo, o clube de Brest estava na frente por 2-0 no placar, com gols do Austríaco Sandro Gotal (14' P) e do conterrâneo Maksim Vitus (30'), liderando o Dinamo para mais uma conquista.
O BATE respondeu com a lei do ex - Mikalay Signevich marcou contra o seu antigo clube mas já não dava mais tempo, o gol nos acréscimos não surtiu nenhum efeito negativo a esquadra rival e o primeiro título da Supercopa da Bielorrússia foi erguido por mãos alvi-azuis.
O atual treinador Sergey Kovalchuk em entrevista coletiva (Foto: Dynamo Brest - Facebook / Reprodução)
Outra façanha bastante repercutida em Belarus foi a primeira vitória internacional do Dinamo. Pela Liga Europa 2018/19, o clube encarou os Gregos do Atromitos e venceram no jogo da ida pelo placar de 4-3. No jogo da volta, na Grécia, o elenco de Brest apenas segurou o jogo e empatou em 1-1 - foi a primeira vez que o Dinamo avançou de fase na EL. Na terceira fase, não teve tanta sorte: duas derrotas para o Apollon Limassol, um grande clube Cipriota, por 4x0 e 1x0. Apesar de ter apenas uma vitória, três empates e quatro derrotas internacionais em três participações, o fato de apenas avançar na competição já foi uma evolução - tanto futebolística, tanto financeira, já que a soma das premiações alcançaram o valor de (540.000) quinhentos e quarenta mil Euros, um valor significativo para um clube que vem de uma evolução constante.
Em 2019 o clube viverá praticamente o seu auge futebolístico: dinheiro em caixa, um plantel entrosado, o peso de ser o atual campeão de duas das três competições mais importantes de seu país e uma competição internacional para disputar. Agora, só nos resta aguardar os grandes feitos que estão por vir de um dos melhores clubes da Bielorrússia, seja nacional ou internacional.
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