Com o fim das divisões nacionais, diversos estados perderam e ganharam representantes nas Séries A, B e C do Brasil, fortalecendo ou enfraquecendo o futebol regional no âmbito nacional.
Baseando-se nisso que mostramos como ficou o elevador dos 18 estados, com representação nacional, para 2019, mostrando quem ficará bem e quem ficará mal para o ano que vem nas divisões. Para nível de comparação, a Série D não foi considerada, pois todos os estados tem representantes garantidos dos campeonatos estaduais.
Com o atual campeão da Série A, o Palmeiras, o estado de São Paulo saíra ainda mais fortalecido para 2019, continuando com 10 times nas três principais, mas agora ganhando dois times na Série B do ano que vem.
Na Série A, quase que Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians ganharam um companheiro para a próxima edição, mas bateu na trave a classificação da Ponte Preta, que empatou com o Avaí na última rodada e viu o acesso escapar, o também campineiro Guarani foi outro que chegou a ameaçar o G4, mas sem muito sucesso.
Na outra ponta, São Bento e Oeste lutaram contra o rebaixamento até a última rodada, mas conseguiram escapar, garantindo o crescimento do estado na segunda divisão, pois Botafogo de Ribeirão Preto e Bragantino subiram da Série C.
Por outro lado, acontecerá algo inédito no ano que vem: Pela primeira vez na história do campeonato, a Série C não terá nenhum representante paulista, uma vez que os que estavam lá vão pra segunda divisão e o melhor time na Série D foi o Linense, que parou nas quartas de final.
Apesar de alguns sustos, o Rio de Janeiro conseguiu manter os seus quatro times na Série A e o seu representante na Série C do campeonato brasileiro, ficando estável para 2019.
Na primeira divisão, Flamengo era o único que estava na parte de cima da tabela, pois Botafogo, Fluminense e Vasco lutaram contra o rebaixamento, sendo que os dois últimos escaparam na última rodada. No caso do time da colina, foi mais dramático ainda, pois clube ficou a um gol do rebaixamento.
Na Série C, o Volta Redonda contou com a sorte para escapar na última rodada da primeira fase, conseguindo ficar na terceira divisão graças a um empate contra o lanterna do Grupo B, Joinville, e ao saldo de gols.
Uma queda em termos para o Rio Grande do Sul, que viu sua representação cair na Série B, mas aumentar na Série C e subir de cinco para seis times entre os 60 melhores do país.
Na elite, sem maiores novidades, pois a dupla GreNal manteve-se na primeira divisão e garantiram vaga na Libertadores.
Na Série B, correu-se o risco de não haver times do estado na divisão, uma vez que o Juventude caiu com uma rodada de antecedência e o Brasil de Pelotas ficou algumas rodadas flertando para entrar no Z4, o que não aconteceu, deixando o Xavante mais um ano na B.
Com a queda do Juventude e o acesso do São José, a Série C agora terá três representantes gaúchos. Somam-se aos dois o Ypiranga, que ora ameaçava ir para as quartas de final, ora ameaçava cair, ficou em um meio-termo e não subiu e nem caiu.
Minas Gerais saiu de 2018 desfalcada, tendo um descenso em cada divisão nacional e, no final das contas, perdendo um representante na conta total, passando de seis para cinco times distribuídos nas Séries A, B e C.
Na primeira divisão, Atlético e Cruzeiro não tiveram maiores sustos e estarão na Libertadores de 2019, mas o América não teve a mesma sorte: Com direito a pênalti perdido na última rodada do campeonato, o coelho caiu de divisão e substituirá o Boa Esporte na Série B, que foi o lanterna da competição.
Na Série C, o Tombense ameaçou cair, mas conseguiu se manter mais um ano, enquanto que o Tupi não teve a mesma sorte: Tomou 5x1 do Ypiranga/RS na última rodada, perdeu no saldo de gols para o Volta Redonda e será substituído pelo Boa Esporte como segundo representante mineiro no ano que vem.
Um crescimento em termos para Santa Catarina, que ganhou na Série A para 2019, mas perdeu na quantidade total de times, deixando de ter cinco e passando a ter quatro clubes nas três principais divisões do Brasil.
Na elite, a Chapecoense conseguiu derrotar o São Paulo na última rodada e garantiu mais um ano na primeira divisão nacional. Soma-se a ele o Avaí, que conquistou o acesso na última rodada e faz com que Santa Catarina volte a ter dois representantes na A.
Na Série B, se o Avaí lutava para subir, Criciúma e Figueirense estavam na outra metade da tabela, disputando até a última rodada contra o descenso, mas conseguindo se firmar na segunda divisão e deixando o estado com dois representantes para o ano que vem.
O desfalque estadual fica para o Joinville, que não conseguiu evitar a queda, foi lanterna do Grupo B da Série C e deixa Santa Catarina sem representantes na terceira divisão para o ano que vem.
Ceará teve três motivos para comemorar na primeira, na segunda e na quarta divisão nacional de 2018, conseguindo ficar mais forte para o ano que vem.
Na primeira divisão, após parecer que a queda estava eminente, o Ceará conseguiu se manter na Série A após um velho conhecido da torcida, Lisca, comandar o time para um bom rendimento no segundo turno e manter o vozão na elite em 2019.
E quem se somará a ele é o Fortaleza, garantindo o clássico rei de 2019 após uma campanha vitoriosa na Série B que garantiu o primeiro título nacional de sua história. Além disso, será a primeira vez, desde 1993, que o Ceará terá dois representantes na elite nacional.
Na Série D, quem também ganhou o primeiro título nacional foi o Ferroviário, que derrotou o Treze na final e também garantiu sua participação na Série C do ano que vem.
O Paraná concentrou praticamente todos os seus times na Série B do ano que vem, com apenas o Atlético ficando de fora da segunda divisão.
Na Série A, após uma ameaça de rebaixamento iminente, o furacão conseguiu crescer sob o comando do Tiago Nunes e, além de ficar na sétima colocação do Brasileirão, está na final da Sul-Americana, saindo mais forte regionalmente e nacionalmente deste ano.
Quem não teve tanta sorte foi o Paraná Clube, que ficou na lanterna da Série A e não pareceu em nenhum momento que iria sair de lá, caindo para a Série B e deixando o estado com apenas um representante na elite para o ano que vem.
Na segunda divisão, os times que estavam lá não conseguiram subir, o Londrina chegou a ameaçar o G4 nas últimas rodadas, mas o sprint não teve fôlego suficiente para o acesso, que ficou no quase. Já o Coritiba, que era um dos favoritos para subir, não confirmou esse favoritismo e em nenhum momento pareceu que iria chegar no G4 do Brasileirão, ficando na décima colocação do torneio.
O quarto representante do estado na Série B será o Operário, que após o título da Série D em 2017, conquistou também a Série C deste ano em cima do Cuiabá e agora garante que o Paraná seja o segundo maior estado na segunda divisão estadual.
Dado curioso: De 20 times na Série B em 2019, 10 estão em São Paulo ou no Paraná.
Goiás viu no seu time homônimo o crescimento do estado, que conseguiu o acesso com uma rodada de antecedência, garantindo a volta do esmeraldino, que estava há três anos fora da elite nacional, o seu maior jejum desde que passou a disputar a primeira divisão nacional, em 1973.
Quem fica para a Série B de 2019 são Atlético e Vila Nova, que chegaram a frequentar o G4 por algumas rodadas em um revezamento que resultou na ida do alviverde para a Série A e na permanência por mais um ano para o Dragão e para o Tigre.
Em 2019, Bahia teve duas quedas nas Séries A e C do Campeonato Brasileiro, deixando o estado mais fraco para o ano que vem.
Na Série A, após um quase rebaixamento em 2017, no qual escapou por um gol de saldo, o Vitória não conseguiu escapar desta vez, e disputará a segunda divisão de 2019.
No lado azul de Salvador, o Bahia subiu uma posição em relação a 2017 e ficou na 11ª deste ano, garantindo a segunda participação seguida na Copa Sul-Americana, no qual ficou nas quartas de final neste ano.
Na Série C, o Juazeirense foi o primeiro representante no estado desde a criação da Série D, mas ele não conseguiu se manter na terceira divisão, deixando Bahia novamente restrita a dupla BaVi nas três principais séries nacionais.
Encerrando a lista de estados que terão times na próxima Série A do Campeonato Brasileiro, Alagoas vai ver um time na elite nacional depois de 33 anos, pois o CSA irá para a primeira divisão, depois de frequentar a Série D em 2016, a Série C em 2017 e a Série B em 2018.
Na segunda divisão, após um momento de sufoco, o CRB conseguiu escapar do rebaixamento, e garante que o elevador do estado apenas suba este ano.
O 2018 de Pernambuco ficou marcado por dois rebaixamentos, sendo um na Série A e outra na Série C, deixando agora o estado com três times entre os 60 com calendários garantidos em 2020.
Na primeira divisão, após alguns anos ficando perto de cair, o Sport ficou por um gol do Ceará para continuar mais uma vez na elite nacional, mas não conseguiu se mante e agora terá que disputar a Série B em 2019.
Na Série C, Santa Cruz e Náutico foram juntos para as quartas de final, mas o acesso para eles bateu na trave em um campeonato marcado pela classificação de todos os quatro times que se classificaram pelo Grupo B. No caso dos pernambucanos, Operário e Bragantino, respectivamente, os eliminaram.
Na outra ponta, quem não conseguiu se manter é o Salgueiro, que terá que disputar a sobrevivência de seu calendário nacional no Campeonato Pernambucano e na Série D de 2019.
Depois do rebaixamento do Luverdense na Série B de 2017, o Mato Grosso voltará a ter um time na segunda divisão nacional, desta vez com o Cuiabá, que conquistou o vice-campeonato na Série C e agora fará com que a Arena Pantanal seja finalmente usada por 19 rodadas para um time do estado, uma vez que o Luverdense é de Lucas do Rio Verde e não mandava os seus jogos lá.
Falando nele, o Luverdense não chegou a estar ameaçado de cair, mas também não chegou a ficar perto da classificação para as quartas de final, ficando com um quinto lugar no Grupo B da competição e deixando o elevador do estado oscilando apenas para cima.
Mais uma vez com a dupla RePa para 2019, o estado do Pará terá como principal mudança não ter times nas duas principais divisões nacionais, passando a ter dois na Série C do ano que vem, o estado ainda aguarda a decisão da CBF para saber para qual grupo irão, após uma sobrecarga de times do norte/nordeste na competição (14).
Na Série B, o Paysandu precisava de uma vitória para se manter na segunda divisão de 2019, mas não foi o que aconteceu: Se despediu da B sofrendo 5x2 do Atlético Goianiense em pleno Mangueirão, e o rebaixamento foi certo.
Na Série C, o Remo não conseguiu se destacar no bolo que poderia tanto cair como passar para as quartas de final, ficando na sexta colocação do Grupo A e ficando mais um ano na terceira divisão, fazendo o clássico regional com o Paysandu no ano que vem.
O Maranhão foi outro estado que teve uma queda em termos para 2019, uma vez que perdeu o seu único time na Série B, mas ganhou um na Série C, passando a ter dois times na terceira divisão nacional.
Na Série B, o Sampaio Corrêa não teve a mesma sorte de seus companheiros de Série C em 2017 e acabou fazendo o famoso bate-e-volta, caindo de divisão com uma rodada de antecedência e ajudou a inchar ainda mais a Série C de times da região nordeste em 2019, serão 10 no ano que vem.
Se o estado teve um rebaixamento, também teve o acesso do Imperatriz, que subiu para a Série C de maneira dramática, derrotando o Manaus nos pênaltis nas quartas de final da Série D, e fará companhia ao Sampaio no ano que vem.
No Rio Grande do Norte, nada muda para o estado, que manteve os seus dois clubes na Série C e viu o América bater na trave de novo na Série D, parando nos pênaltis para o Imperatriz na segunda fase do torneio.
Na Série C, Globo e ABC se revezaram no bolo de quem estava ameaçado para cair, mas conseguiram escapar após o homônimo da emissora televisiva ficar em sétimo e o maior campeão nacional ficar em oitavo no Grupo A, talvez o estado que tenha mais respirado aliviado no final do ano.
Na Paraíba, um time viu o acesso bater na trave na Série C, mas outro conseguiu um acesso na Série D, garantindo dois times do estado na terceira divisão nacional do ano que vem e aumentando a representatividade estadual em 2019.
Na Série C deste ano, o Botafogo da estrela vermelha conseguiu a classificação para as quartas de final, mas viu um outro Botafogo subir de divisão: O de Ribeirão Preto, que passou nos pênaltis para as semifinais e deixou o paraibano no quase.
Na quarta divisão, quem garantiu o acesso foi o Treze, que contou com o ''highlander'' do futebol nacional para conquistar o vice-campeonato na divisão: Marcelinho Paraíba, que chegou até a marcar gol na final do torneio. Agora o Treze se prepara para a Série C do ano que vem.
No Acre, sem novidades: Um time entrou na Série C, e um time continua na Série C para o ano que vem, trata-se do Atlético Acreano!
O Galo Carijó voou alto na primeira fase, chegando a liderar o Grupo A por algumas rodadas e terminando na segunda colocação, atrás do Náutico. Porém, nas quartas de final não deu para o alviceleste, que foi eliminado para o Cuiabá, e fica mais um ano na terceira divisão.
Terminando a lista dos 18 estados que terão, pelo menos, um time nas três divisões nacionais de 2019, o Sergipe manteve o seu único time na Série C de 2019, o Confiança.
O azulino foi um dos times que estavam no bolo que poderiam tanto se classificar para as quartas como cair para a quarta divisão, e conseguiu uma quinta colocação do Grupo A, ficando por um triz de ir para a fase mata-mata do torneio.
Outros estados
No total, nove estados não terão representantes nas Série A, B e C do ano que vem, sendo eles Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Entre eles, nenhuma novidade: Ambos largaram sem times nessas divisões, e continuarão assim. O máximo que conseguiram foi uma quartas da Série D, com o Manaus, mas, conforme dito, ficou nos pênaltis a entrada de um 19º estado nessas divisões, ficou para 2019.
Postar um comentário
Todos os comentários aqui publicados são de opinião do leitor e não remetem a visão dos autores deste site.