FutAtlas #1 - Um esporte verdadeiramente mundial

A partir de hoje, aqui no FD Sports, iremos apresentar artigos que mostram como o futebol se confunde com inúmeras questões que não apenas o esporte em si, de forma a explicar, ou ao menos tentar entender, de que maneira fatores históricos, sociais, políticos, culturais e geográficos influenciam tanto essa modalidade quanto as pessoas que a praticam, um em relação ao outro. Porém, não podemos fazê-lo sem uma introdução decente ao tema, que é a proposta da primeira contribuição para esta coluna do nosso blog.

Mapa de esportes mais populares por país. Mesmo naqueles em que o futebol não é o mais bem quisto, há bastante praticantes, espectadores e interessados. (Imagem: Statista - Reprodução da internet)

Você muito provavelmente, se já conheceu algum estrangeiro em sua vida ou ao menos teve contato com alguma pessoa nativa de outro país que não o Brasil, deve ter reparado que o assunto "futebol" acaba vindo à tona, quase que naturalmente, após determinado tempo de conversa, isso se não for o estopim do diálogo - afinal, mesmo com todos os problemas e vexames (o 7-1 sendo apenas um deles), o Brasil ainda é visto como país proeminente nesse esporte e conhecido mundialmente por isso.

Tal fato não é por acaso: o futebol bretão é sim o esporte mais popular do mundo, como demonstrado no infográfico acima; com domínio absoluto de preferência na África e majoritário de forma esmagadora na América Latina, Europa e Ásia, não é de espantar que praticamente todo país ou território dependente tenha uma federação própria e inúmeras pessoas pratiquem essa modalidade de forma amadora e profissional.

A cada Copa do Mundo que ocorre, os números de audiência acabam exprimindo este fenômeno - Segundo o The Sun, jornal inglês, ao menos 3,4 bilhões de pessoas assistiram ao torneio em 2018, quase metade da população mundial.


A ONU (Organização das Nações Unidas) tem em seu escopo todos os países amplamente reconhecidos do mundo, mas menos membros que a FIFA, por esta ter filiados territórios não-independentes, apesar de não possuir como integrantes alguns Estados soberanos. (Foto: ONU/Amanda Voisard).

A formalização desse gosto e preferência enquanto atividade esportiva se dá através da formação de federações nacionais que organizem e regulem o exercício do futebol em seu país, além dos clubes que são a elas filiados e têm permissão para disputarem competições de níveis interno e externo - como grande exemplo disso, a FIFA tem um total de 211 (duzentas e onze) associações filiadas à si, ao passo que a ONU (Organização das Nações Unidas), possui 193 (cento e noventa e três) Estados membros; a diferença do primeiro órgão para o segundo é o fato de aceitar, dentro do seu escopo, países constituintes, departamentos ultramarinos e outros territórios dependentes com variada jurisdição (mas não tem a filiação de alguns Estados soberanos), uma vez que as Nações Unidas só podem aceitar países independentes e amplamente reconhecidos como tais pelos seus pares assim vistos - todavia, iremos detalhar quais são e suas peculiaridades em artigos futuros desta coluna.

Nas próximas edições do FutAtlas, iremos falar mais sobre alguns países, territórios não-independentes e relacionados na prática do futebol, de forma a expor como este esporte auxilia no contorno de difíceis situações nas mais variadas esferas, como política, econômica e social, além de mostrar como a geografia e a história são fatores mais importantes do que se imagina para determinar a popularidade e adesão desta modalidade mundo afora.

Até a próxima!

1 Comentários

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  1. Muito bom! Acredito que o futebol ainda se torne um evento cosmopolita. E não apenas os Jogos Olímpicos.

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